Fim da ilusão

Este texto foi escrito em 2002, quando na altura pensava eu que amava (quando ainda nem sequer sabia o que isso era...). A pessoa para quem foi escrito o texto nunca soube o que eu senti, mas quem sabe se um dia não saberá...


É difícil imaginar como queria que as coisas acontecessem. Primeiro quis ficar contigo, queria ter-te ao pé de mim para sempre. Sempre que te via imaginava o que poderia acontecesse se eu te contasse... Tantas vezes que pensei em te dizer que gostava de ti, mas por diversas razões nunca tive coragem. Tudo o que te quis dizer e que nunca consegui fazer... nem imaginas o que isto é. Para ti é natural, afinal de tudo nunca soubeste que eu gostava de ti. Pensei muitas vezes em te dizer. Na minha cabeça imaginava o discurso que deveria fazer, em como deveria começar a minha sincera declaração. O tempo foi passando... primeiro via os dias passarem, depois as semanas, depois os meses, e agora por fim via os anos passarem. Foi muito tempo que te amei, mas agora confesso que não sei se te deveria ter amado assim tanto... Nunca foste uma pessoa que eu pudesse dizer que realmente gostava de mim. Não foste. É verdade e as verdades têm de ser ditas! Queria gritar aos quatro ventos e dizer que te amava, dizer a toda a gente que passasse por mim na rua que eras tu a pessoa de quem eu gostava. nem imaginava a minha vida sem ti. Pensava que te iria amar para sempre, mas afinal parece que me enganei. Sofri por ti durante tantos anos... nem imaginas o que isso foi! Tinha medo de te dizer o que realmente sentia. Agora acho que fico feliz por não ter feito isso. Queres saber porquê? De todas as vezes que tinha notícias tuas, já que quase não te via, sofria sempre mais um bocado. (...) Cheguei a um ponto em que me fartei de sofrer. Agora só te quero esquecer. Na verdade nunca me fizeste sentir feliz. Tu nunca sentiste nada por mim. Agora tenho a certeza disso. Já chega! Acabou. Será que havia alguma coisa para acabar? Não sei se havia ou não, mas agora já me fartei. Quero pôr um ponto final nesta história... (...) Só tenho uma última palavra: ACABOU...