quinta-feira, maio 19, 2005

Meu amor, meu amor

Meu amor meu amor
meu corpo em movimento
minha voz à procura
do seu próprio lamento.
Meu limão de amargura meu punhal a escrever
nós parámos o tempo não sabemos morrer
e nascemos nascemos
do nosso entristecer.
Meu amor meu amor
meu nó e sofrimento
minha mó de ternura
minha nau de tormento
este mar não tem cura este céu não tem ar
nós parámos o vento não sabemos nadar
e morremos morremos
devagar devagar.

Ary dos Santos

1 Comments:

Blogger Sara Oliveira said...

Simplesmente fantástico, mas pouco conhecido :)

Beijinho pa ti lindona!*

10:43 da manhã  

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