segunda-feira, junho 27, 2005

Bicho-de-conta

Meu canto canta a Distância
e as memórias de onde venho...
Com desfocado desenho,
conto e canto a minha infância,
lume e chama deste lenho...

Ecos que em mim se ressoam,
ir e vir de tempo vário,
de que fui tão perdulário
em quantos cantos ecoam
as contas deste rosário?

Verde canto, sequestrado,
na poeira d'outra idade,
sou nos muros da cidade
bicho-de-conta fechado,
no meu canto de saudade...

Fernando Garcia

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

muito bem, mais um poema muito bonito no teu blog, parabéns menina :) força nos exames!

6:30 da tarde  

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