Bicho-de-conta
Meu canto canta a Distância
e as memórias de onde venho...
Com desfocado desenho,
conto e canto a minha infância,
lume e chama deste lenho...
Ecos que em mim se ressoam,
ir e vir de tempo vário,
de que fui tão perdulário
em quantos cantos ecoam
as contas deste rosário?
Verde canto, sequestrado,
na poeira d'outra idade,
sou nos muros da cidade
bicho-de-conta fechado,
no meu canto de saudade...
Fernando Garcia
1 Comments:
muito bem, mais um poema muito bonito no teu blog, parabéns menina :) força nos exames!
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