sábado, março 11, 2006

EMOÇÃO E POESIA

Quem quer que seja de algum modo um poeta sabe muito bem quão mais fácil é escrever um bom poema (se os bons poemas se acham ao alcance do homem) a respeito de uma mulher que lhe interessa muito do que a respeito de uma mulher pela qual está profundamente apaixonado. A melhor espécie de poema de amor é, em geral, escrita a respeito de uma mulher abstrata.
Uma grande emoção é por demais egoísta; absorve em si própria todo o sangue do espírito, e a congestão deixa as mãos demasiado frias para escrever. Três espécies de emoções produzem grande poesia - emoções fortes e profundas ao serem lembradas muito tempo depois; e emoções falsas, isto é, emoções sentidas no intelecto. Não a insinceridade, mas sim, uma sinceridade traduzida, é a base de toda a arte.
O grande general que pretende ganhar uma batalha para o império de seu país e para a história de seu povo não deseja - não pode desejar ter muitos de seus soldados assassinados (mortos). Contudo, uma vez que tenha penetrado na contemplação de sua estratégia, escolherá (sem um pensamento para seus homens) o golpe melhor, embora o faça perder cem mil homens, em vez da estratégia pior, ou mesmo a mais lenta, que lhe pode deixar nove décimos daqueles homens com quem e por quem luta, e a quem, em geral, ama. Torna-se um artista por amor a seus compatriotas, e expõe-nos à carnificina por causa de sua estratégia.
Fernando Pessoa

sexta-feira, março 03, 2006

Aparvalhar

Porque hoje me apetece aparvalhar vou colocar aqui uma versão da música "Amanhã de manhã" das Doce, mas que conheci cantada por uma tuna... Eh eh... Aviso já que não tem nada a ver com a música original, mas acho esta letra gira apesar de ser um bocadinho provocante e diria mesmo "porca"... (e atenção que "porca" está entre aspas!)

Fecha a porta
Apaga a luz
Tira logo as cuecas
Dá-me um beijo
Que é teu desejo
Vamos dar umas quecas
Vem-te amor
A noite é uma criança
E quem mama por gosto não cansa

Amanhã, de manhã
Vamos despertar
E ficar a ouvir
A cama a chiar
A langonha a vir
Eu vou-te montar
E comer-te então
De cú para o ar
Na cama, no chão
E as uas tetas sempre a bater
Parecem chupetas para eu lamber

La la la pituh, la pituh la la