quinta-feira, julho 28, 2005

Férias

O blog ultimamente não tem sido muito actualizado, e muito menos com textos meus, mas isto não dá para mais! A cabeça não pode dar para tudo... Foi época de exames e estudar era mais importante para mim do que isto...Mas agora que os exames acabaram, agora que já me candidatei à universidade, espero voltar a ter mais tempo para isto! Se bem que não seja para já, porque a minha vida vai mudar e este mês vou de férias... Talvez para o fim do mês dê notícias! Mas até lá não deixem de visitar este blog que está quase de parabéns! Já falta pouco para ele fazer um aninho!...

Boas férias para todos!!

segunda-feira, julho 25, 2005

Desfecho

Não tenho mais palavras.
Gastei-as a negar-te...
(Só a negar-te eu pude combater
O terror de te ver
Em toda a parte.)

Fosse qual fosse o chão da caminhada,
Era certa a meu lado
A divina presença impertinente
Do teu vulto calado
E paciente...

E lutei, como luta um solitário
Quando alguém lhe perturba a solidão.
Fechado num ouriço de recusas,
Soltei a voz, arma que tu não usas,
Sempre silencioso na agressão.

Mas o tempo moeu a sua mó
O joio amargo do que te dizia...
Agora somos dois obstinados,
Mudos e malogrados,
Que apenas vão a par na teimosia.

Câmara Ardente (1962)
Miguel Torga

terça-feira, julho 19, 2005

O menino da sua mãe

No plaino abandonado
Que a morna brisa aquece,
De balas trespassado
- Duas de lado a lado -
Jaz morto e arrefece.

Raia-lhe a farda o sangue.
De braços estendidos,
Alvo, louro, exangue,
Fita com olhar langue
E cego os céus perdidos.

Tão jovem! que jovem era!
(Agora que idade tem?)
Filho único, a mão lhe dera
Um nome e o mantivera:
"O menino da sua mãe!.

Caiu-lhe da algibeira
A cigarreira breve.
Dera-lhe a mãe. Está inteira
E boa a cigarreira,
Ele é que já não serve.

De outra algibeira, alada
Ponta a roçar o solo,
A brancura embainhada
De um lenço... Deu-lho a criada
Velha que o trouxe ao colo.

Lá longe, em casa, há a prece:
"Que volte cedo, e bem!"
(Malhas que o Império tece!)
Jaz morto, e apodrece,
O menino da sua mãe.

Fernando Pessoa

quinta-feira, julho 14, 2005

E já lá vão 17...

Pois é... Já lá vão 17 meses e o amor que sentimos aumenta de dia para dia!! Cada vez nos custa mais superar a distância, mas esperamos também que seja por pouco tempo! Neste dia não há muito mais a dizer, além do que já tenho vindo a dizer durante estes 17 meses! E tu Bruno, já sabes o que é... AMO-TE!!

terça-feira, julho 12, 2005

Autopsicografia

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.

Fernando Pessoa

domingo, julho 03, 2005

Irrita-me

Irrita-me pessoas falsas... Irrita-me pessoas egoístas!! Como é possível algumas pessoas olharem apenas para o seu umbigo?! Porque é que certas pessoas parece que me olham com raiva só porque eu sou feliz?!

Sinto que às vezes as pessoas não querem que os outros sejam felizes, ou melhor, só conseguem ser felizes com os azares e infelicidades dos outros... Mas porquê?

Sinceramente não gosto de me sentir a mais num local e isso aconteceu-me. Mas acho que isso aconteceu de propósito. Houve alguém que me fez sentir mal quando me sentia tão bem e tão feliz...

Irrita-me este tipo de pessoas! Pessoas fúteis!! Sem nada na cabeça a não ser cifrões, o seu umbigo e a desgraça dos outros... Que estupidez!

Acho que essas pessoas nem merecem as palavras que escrevo...